Padre Sérgio: “Gostaria de ser construtor de comunidades para ajudar a curar feridas”
- Eduardo Gomes
- 9 de mar.
- 12 min de leitura
Estivemos à conversa com o pároco guetinense, de modo a conhecer melhor a vida do homem à frente da igreja na freguesia, a sua trajetória até chegar a Guetim, bem como o seu diagnóstico da nossa comunidade. Da vontade de curar feridas até criar sinergias com a sociedade civil para aproximar o Evangelho a toda a população, o Padre Sérgio fala-nos das diversas atividades inter-paroquiais realizadas entre Anta e Guetim. Sobre o Parque da Gruta da Lomba, garantiu que a sua requalificação será levada ao próximo Conselho Económico.

O Sr. Padre numa entrevista antiga disse que sempre quis ser padre. Para isso passou por várias fases. Como foi a trajetória até ao início do sacerdócio?
Costumo dizer por brincadeira que nasci a dizer que queria ser padre. Creio que muito influenciado pela vida familiar marcadamente crente, dos meus avós aos meus pais. Também do ambiente paroquial que eu frequentei desde muito cedo com a minha mãe, que era da Conferência Vicentina. Devo dizer que há aí também essa marca da Igreja e do Padre com o cuidado dos mais pobres. Lembro-me do meu pároco visitar a minha avó, que tinha caído e tinha tido uma intervenção cirúrgica, e de eu perguntar porque é que o padre ia lá a casa. Disseram-me que o padre visitava os doentes. E isso foi uma coisa que também me marcou na infância. Recordo o padre como figura que todos acarinhavam na paróquia. O homem que tinha o dom da palavra e que por isso falava muito bem e todos gostavam de ouvir, mas que depois tinha também este cuidado para com os mais pobres e, portanto, desde muito cedo, que ficou este gosto por ser padre. A minha professora primária tem também uma marca muito importante. Ela percebeu que havia ali sinais de fé e de alguma vocação e por isso foi também sempre acarinhando e estimulando isso.
Claro que todo o percurso se vai desenvolvendo e quando chego ao sacerdócio, é muito mais do que esse desejo pueril de querer ser padre. Foram várias as fases. Passei pelo pré-seminário dos missionários Dehonianos e por uma experiência de conhecer o seminário. Faço uma primeira experiência que não corre bem, pelos 12 anos. Vou para o seminário como aluno interno e só vinha a casa de 15 em 15 dias, o que para uma criança de 12 anos era difícil e ao fim de nem 15 dias vim para casa. Mais tarde, conheci os missionários do Espírito Santo, com quem fiz um discernimento muito acurado com um padre que me marcou muito, Sr. Padre João David porque me acompanhou sobretudo na liberdade. Ele dizia: “nós temos que descobrir o que é que Deus quer de ti, o que é que te fará mais feliz, e é isso que nós vamos descobrir juntos”. Depois passei pelos 2 seminários da diocese: o Seminário do Bom Pastor e o Seminário Maior, onde fiz depois também o curso de teologia da Universidade Católica e creio que estas foram as marcas e os lugares mais decisivos deste itinerário.
"A minha professora de química do 12º, dizia que ia ser o primeiro padre com um laboratório de química em casa" - Padre Sérgio Leal
Nesse percurso nunca duvidou?
Curiosamente, devo dizer que houve um retiro que fiz no meu terceiro ano em que o pregador dizia que ninguém chegava a padre sem ter passado nenhum momento em que tenha duvidado. Até àquela data, nunca outra hipótese tinha colocado na minha frente. Lembro-me de conversar com ele nesse retiro e dizer-lhe que, de facto, nunca tinha sentido dúvida nenhuma e já estava a metade do percurso no Seminário Maior. O que eu não sabia era que no ano seguinte elas iam aparecer. Sim, surgiram dúvidas. Se queria o projeto de vida matrimonial, porquê ser padre, mas porque não ser pai de família, casar, ter filhos?
Quais eram as suas outras áreas de interesse? Acha que têm alguma ligação com o seu trabalho académico, ou o seu trabalho pastoral?
Faziam-se uns testes psicotécnicos no 9.º ano para nos encaminharem para as áreas de estudo, e os meus testes psicotécnicos deram professor da área das ciências. Ser professor era uma coisa que eu achava muito curioso. Os vários professores que tive ao longo da minha vida foram-me muito marcando muito e era uma das coisas que eu gostava. Sobretudo no secundário, na área das ciências, a química despertou muito interesse. A minha professora de química do 12º, dizia que ia ser o primeiro padre com um laboratório de química em casa. Não se registou, não tenho nenhum laboratório de química, mas gostava muito da área da química.
Este ano concluiu o seu doutoramento em Roma, que se intitula: “Pastores para uma igreja em saída”. Poderia explicar aos leitores do NG em que consiste a sua tese?
Em Roma fiz duas teses, uma inicial que chamamos de licenciatura canónica, que foi sobre a sinodalidade no magistério do Papa Francisco. Depois tinha de avançar numa segunda fase, para a tese de doutoramento. Decidi prosseguir o estudo da sinodalidade, mas agora pensando como é que se pode ser pastor numa igreja sinodal. Isto é, o Papa Francisco propõe um modo de Igreja que caminha em conjunto, que valoriza sermos um povo de batizados, onde todos têm vez, voz e lugar. No fundo, procura-se responder, como é que se deve ser pastor hoje e num contexto como o nosso em Portugal.
Como professor na Universidade Católica Portuguesa, acaba por ter contacto com futuras gerações de sacerdotes e creio que também com a realidade da Igreja. Perguntava-lhe: quais são os desafios dos futuros sacerdotes e que a Igreja terá no futuro mais próximo?
Creio que o primeiro e grande desafio é o do acolhimento e do diálogo. Creio que a Igreja hoje se deve situar aí, no encontro com o mundo contemporâneo. Estamos já longe do passado, onde a Igreja olhava para a cultura contemporânea e quando ela se desviava da fé, procurava-se condená-la. Digo muitas vezes aos meus alunos: “A primeira coisa que devem fazer é conhecer a realidade, conhecer o mundo como ele está diante de vós e antes de o condenar, sabermos ir ao encontro dele em diálogo”.
Depois, do ponto de vista mais interno da Igreja, é sermos capazes de renovar o modo como comunicamos a fé. Não é só as linguagens do mundo digital, como muitas paróquias e muitos movimentos da Igreja procuram fazer, mas também no modo como apresentamos a mensagem de sempre. Esse é um grande desafio, que é dizer o evangelho de sempre, com a linguagem de hoje.
De que forma a sua passagem por várias paróquias, onde também se inclui aqui Guetim, também traz algum contributo para o trabalho académico?
Eu comecei o meu ministério em Espinho com o Padre Zé Pedro. Depois, fiquei um ano nas paróquias de Espinho, Anta e Guetim, como vigário. Depois estive nas paróquias da Feira, em Arrifana, Romariz e Sanfins durante 3 anos. Era um jovem padre, com muitas ideias sobre o que era ser pároco, mas a realidade fez com que essas ideias ganhassem carne e que percebesse as dificuldades.
Depois a ida para Roma, faz-me voltar às cadeiras da escola e voltar a estudar. Eu tinha 3 paróquias, 3 centros sociais, e de repente o que tenho é um quarto com uma secretária onde tinha de estudar. Esta experiência pastoral para mim foi muito importante para o estudo, porque faz-me sair apenas das ideias. Eu tinha um professor que dizia muitas vezes que se conseguia perceber claramente quando um aluno tinha sido pároco, ou não tinha sido. Porque quando era pároco, conseguia fazer o diálogo entre a doutrina e a realidade, senão ficava apenas pela mera abstração e tinha muita dificuldade que os conceitos encontrassem uma encarnação na realidade.
"A mim surpreendeu-me quando começámos várias iniciativas inter-paroquiais, porque me diziam de parte a parte que seria difícil. O que é certo é que as iniciativas que temos realizado têm-se manifestado de modo muito positivo" - Padre Sérgio Leal
Quando chegou, há sensivelmente 1 ano e meio, que diagnóstico fez da paróquia de Guetim?
Eu no dia em que cheguei a Guetim, disse aquilo que disse também em Anta, de que, 11 anos depois, quando aqui regresso, nem eu sou o mesmo, nem as paróquias são as mesmas. A verdade é que quer eu, quer as paróquias, passamos não só por um arco temporal, mas passamos por uma pandemia e uma série de mudanças.
"É verdade que Anta é significativamente maior do que Guetim, mas não diria que do ponto de vista paroquial, as diferenças sejam tão significativas" - Padre Sérgio Leal
Qual a diferença que encontra entre Guetim de antes e atualmente?
Diria que os desafios são os de sempre, que é de formarmos comunidade. O contexto atual é de um grande desafio naquilo que significa a construção comunitária. Vivemos num mundo bastante polarizado. O contexto social hoje, por exemplo, é um contexto onde somos de extrema-direita ou extrema-esquerda, ou somos ativistas climáticos ou somos negacionistas do clima. Curiosamente, isto tem também repercussão na vida paroquial, onde o grande desafio é sermos construtores de comunidade na diversidade do que somos, na diversidade de pensamento.
A paróquia de Guetim tem uma vantagem de ser pequena, no contexto de outras paróquias urbanas. É a vantagem de nos conhecermos todos, de haver um ambiente muito mais familiar. Não é o ambiente anónimo que se regista em grandes cidades. Por outro lado, é uma paróquia também com grandes potencialidades do ponto de vista humano, com os vários grupos paroquiais com pessoas muito empenhadas na vida paroquial, que se dedicam com muita disponibilidade e generosidade. Por outro lado, os meios mais pequenos têm também este grande desafio de estarmos abertos àqueles que chegam. Devemos procurar cada vez mais uma universalidade cada vez maior daqueles que vêm para cá morar e que desconhecemos, daqueles que passam por aqui às vezes a alguma celebração.
"Sempre que a atividade é mais celebrativa, eu uso a igreja de Anta, que é maior. Quando se trata de ter uma conferência, uma atividade em que precisamos de um espaço de auditório, é evidente que a escolha é logo Guetim" - Padre Sérgio Leal
Que diferenças encontra entre Anta e Guetim? Sente que existe alguma rivalidade?
Creio que por um lado, a paróquia de Anta e a paróquia de Guetim têm grandes referências de párocos do passado, que eram párocos só de cada uma das paróquias. Creio que há uma rivalidade que está para lá da vida eclesial, não é da vida paroquial.
Do ponto de vista das diferenças, é verdade que Anta é significativamente maior do que Guetim, mas não diria que do ponto de vista paroquial, as diferenças sejam tão significativas, até porque geograficamente estamos muito próximos. Diria sobretudo que, do ponto de vista paroquial, a mim me surpreendeu, por exemplo, quando começamos várias iniciativas inter-paroquiais, porque me diziam de parte a parte que seria difícil. O que é certo é que as iniciativas que temos realizado têm-se manifestado de modo muito positivo. Fizemos no ano passado um retiro da profissão-de-fé e da primeira-comunhão em conjunto, as duas paróquias, e correu muitíssimo bem. Os catequistas trabalharam em conjunto, os miúdos estiveram juntos. Fizemos o encerramento da catequese da adolescência em conjunto e foi uma iniciativa que todos gostaram muito. Tenho encontrado muitos sinais positivos no trabalho conjunto destas duas paróquias. Isto não significa que vamos fazer uma mega-paróquia e fundir as duas. Há que manter a individualidade e a identidade de cada uma das paróquias, mas sempre trabalhando nesta comunhão.
Nos últimos meses tem existido um maior número de atividades que juntam as Paróquias de Anta e Guetim no salão paroquial de Guetim. Tem havido uma preocupação de dinamizar as estruturas de Guetim?
Guetim é uma paróquia muito bem equipada do ponto de vista das estruturas. Temos uma igreja paroquial e temos um salão paroquial que tem uma grande capacidade relativamente a Anta. Tem sido muito interessante o modo como uma e outra paróquia se complementam. Sempre que a atividade é mais celebrativa, eu uso a igreja de Anta, que é maior. Quando se trata de ter uma conferência, uma atividade em que precisamos de um espaço de auditório, é evidente que a escolha é logo Guetim.
Relativamente à Festa de Santo Estêvão e Nossa Senhora da Guia, a comissão que há muitos anos organizava a festa já não a vai realizar este ano. Não temos comissão atualmente. É difícil mobilizar a população e a comunidade em Guetim?
Não é um problema [só] de Guetim. Conversando com outros párocos, a realização destas festas, para lá da festa estritamente religiosa, hoje, é muito difícil e exigente.
Dá muito trabalho e é necessária uma angariação de fundos muitas vezes exigente, havendo depois até os problemas burocráticos, de licenças e afins, que exigem uma grande disponibilidade e muito trabalho. A Comissão de Festas, ao apresentar as contas este ano, disse-me que já eram vários anos a organizar a festa e que por isso gostariam que fossem outros a assumi-la.
Temos em Guetim diversas infraestruturas, uma história muito rica. Que potencialidades encontra em Guetim?
Quanto à vida religiosa, ela é de muita tradição e devoção. A devoção ao Santo Estêvão como padroeiro, Senhora da Guia como uma grande devoção Mariana, que a ela liga se também a adoração Nossa Senhora da Conceição. A Imaculada Conceição, que se percebia que no passado – e fui percebendo isso este ano – tinha um grande peso, não só pela realização da procissão de velas, mas porque, por essa ocasião, também se organizavam as confissões. As pessoas sentiam necessidade de se preparar espiritualmente para esse acontecimento. Há ainda aqui notoriamente, um ambiente religioso muito marcado pelas devoções e creio que esse é um grande potencial. A religiosidade popular é uma marca da vida portuguesa que em alguns lugares se está a perder e aqui podemos dizer que ela ainda se encontra viva. Do conjunto de pessoas que me procuram para a confissão, para alguma orientação espiritual, mostra a relevância que a paróquia ainda tem na vida das pessoas. Creio que isso é uma grande potencialidade e recurso, isto é: a paróquia saber-se e sentir-se parte integrante da vida das pessoas. Claro que podíamos ter mais miúdos na catequese ou envolver gerações mais jovens, é um grande desafio. Temos um grupo de jovens que se dedica sobretudo à animação de algumas eucaristias e contribui para a vida paroquial nesse sentido. Mas creio que num tempo como o nosso não nos contentamos nunca com os que estamos e o desafio tem de ser de conseguir sempre chegar a mais gente.
"Temos procurado que as atividades procurem congregar o maior número de pessoas, mas sobretudo ir chegando a partir da Catequese, transmitindo aos mais jovens da atualidade da mensagem cristã e procurando fazê-lo de modo criativo com algumas iniciativas" - Padre Sérgio Leal
O que é que tem feito para tentar chegar ao público mais jovem e para trazer mais pessoas para a catequese e para as eucaristias?
Em primeiro lugar, temos tentado dinamizar a catequese de algum modo. Como atividades de celebração do final do Ano Catequético, a abertura do Ano Catequético, procurando que sejam lugares de celebração inter-paroquial. Temos procurado que as atividades procurem congregar o maior número de pessoas, mas sobretudo ir chegando a partir da Catequese, transmitindo aos mais jovens da atualidade da mensagem cristã e procurando fazê-lo de modo criativo com algumas iniciativas. Agora no contexto do Advento, num painel de testemunhos, tínhamos uma religiosa bastante jovem e que deixou os jovens muito intrigados com o seu testemunho e que lhe fizeram várias perguntas. A ideia é que, sobretudo, a partir de testemunhos de gente que encontra na fé um lugar de felicidade, se possa também de alguma maneira, contagiar os mais jovens.
O principal salão de eventos em Guetim é o Salão Paroquial. De que forma pode haver aqui uma sinergia entre a Comunidade e a Igreja?
Eu encontro sobretudo nos recursos que temos enquanto paróquia uma oportunidade que deve ser ainda mais explorada. Para já, da parte da paróquia é apenas acolher disponivelmente quem nos pede. A Associação de Pais da escola pede-nos o salão para as suas festas, a Associação Cultural pede-nos para alguma iniciativa que quer realizar e nós acolhemos. Creio que o futuro passaria precisamente por criar aqui sinergias que não fosse só de recebermos quem nos pede, mas de a paróquia, juntamente com outras associações e grupos, procurarmos criar iniciativas conjuntas para lá da vida eclesial. Potenciar o ambiente fraterno entre as pessoas. Potenciar o convívio entre as pessoas. Ir ao encontro de algumas formas de isolamento que, apesar de sermos uma paróquia de proximidade pela geografia que possuímos, é importante estar atento a outros sinais de pessoas mais velhas que se encontram mais sozinhas, de pessoas que têm dificuldade em sair de casa.
Em novembro numa entrevista a um jornal, referiu que estava em consideração a reabilitação do Parque da Gruta da Lomba, um espaço que tem recolhido várias críticas das pessoas. Qual é a sua visão para este parque? Podemos contar com uma requalificação em breve?
Sim, esse é um dos temas da próxima reunião do Conselho Económico.
Eu quando cá cheguei fui visitar o parque porque quando cá estive, há 11 anos, realizamos inclusive, uma procissão de velas que começou lá em direção à igreja, por ocasião da Nossa Senhora de Lourdes. Percebi que ele precisava de alguma intervenção.
Entretanto, ao fim de algum tempo, recebi contactos sobre a necessidade de podar as árvores, que estavam já a sair para lá dos limites do parque, sobretudo para a casa contígua e fizemos essa intervenção. Na altura, falei com o Presidente da Junta de Freguesia que se manifestou disponível para aquilo que no futuro quiséssemos fazer.
Estou cá apenas há 1 ano e vamos conhecendo a realidade para depois poder atuar. Junto com o Conselho Económico, já tínhamos levantado algumas necessidades, uma delas o parque da Gruta da Lomba, e também a pintura da igreja e uma revisão dos telhados. Gostaríamos também, apesar do nosso salão paroquial ter boas condições, de revalorizar algumas coisas, como as casas de banho e algum material como cadeiras e mesas. Neste sentido, iremos criar um plano de atuação, que envolverá necessariamente a Gruta da Lomba, no sentido de criar ali condições para que seja um espaço agradável para que as pessoas possam estar e usufruir.

A residência paroquial está vazia. Há algum projeto também para a residência?
Para já, no imediato, não. A residência é usada por mim para o atendimento, a sala é usada para algumas reuniões do Conselho Económico. A Conferência Vicentina utiliza também o espaço da nossa cozinha para armazenar muitas vezes aquilo que as pessoas vão entregando para os mais pobres. É um espaço também muito reservado para arrumações.
.
Para terminar, o que é que gostaria de fazer em Guetim? Um dia que abandone a paróquia como é que gostaria de deixar Guetim?
Eu não tenho nenhum plano ou projeto, a não ser o de o de comunicar o evangelho de Jesus Cristo com alegria e com entusiasmo. Como projeto paroquial, poderia dizer que aquilo que gostaria de facto, era de ser, como padre, construtor de comunidades para ajudar a curar feridas. Ajudar a criar sinergias, ajudar a fazer da paróquia um espaço de acolhimento para todos, uma Igreja que seja mãe e casa para todos, que comunica radicalidade do Evangelho e a exigência do Evangelho nesta abertura e acolhimento. Uma paróquia capaz de dialogar com o mundo cultural, social, porque creio que esse é o espaço que a Igreja hoje deve saber habitar.
Comments