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Fernando Castro: “Ver um jogo com o campo cheio entre a Ronda e o SC Espinho seria uma festa”

  • Tiago Sousa
  • 18 de mar.
  • 5 min de leitura

Numa época em que A Ronda teve um arranque difícil, mas tem melhorado a cada jogo que passa, estivemos à conversa com o seu Presidente sobre a realidade do clube e objetivos para o futuro. Da vontade de aproveitar sinergias com a vinda do SC Espinho para Guetim, até à de ver mais sócios a assistir aos jogos, passando também pelo fim das secções de ciclismo e ginástica, Fernando Castro conta ainda ao NG que este será o seu último ano à frente do clube.

Foto: Cláudia Castro
Foto: Cláudia Castro

Qual o balanço que faz do arranque de época e os objetivos para 2025?


Começamos mal. O nosso objetivo não era estar onde estamos, mas tivemos algumas lesões. O avançado que fomos buscar ao Relâmpago, o Ramalho, lesionou-se. No entanto, já recuperou e nota-se que a equipa está a melhorar. O nosso objetivo é tentar ficar nos primeiros lugares e tentar subir, até porque o orçamento é grande, tendo em consideração que se trata de um clube de uma aldeia pequena. Creio que ainda vamos a tempo de o conseguir.

 

Do ano passado para este, quais são as principais mudanças no plantel?


Fomos buscar oito jogadores e tivemos cerca de 7 a 8 saídas.


"Temos muitos sócios, mas não os vemos a assistir aos jogos, com muita pena minha" - Fernando Castro

 

O que está por detrás da decisão de voltarem a jogar em Guetim?


É o nosso campo! O campo é grande, é maior, e, por isso, as equipas encontram mais dificuldades.  No primeiro tempo ainda conseguem acompanhar, mas no segundo nota-se um pouco mais de aflição. Prova disso é o facto de aqui em Guetim termos sido quase sempre vitoriosos. O nosso objetivo era voltar a jogar em Guetim com algumas condições e conseguimos. Tivemos de voltar a vedar o campo com rede, mas faltam-nos ainda as casas de banho porque e, sem casas de banho, torna-se um pouco complicado. A AD Guetim FC teve a amabilidade de nos ceder a parte da frente da sede deles para que nós possamos explorar o bar no dia dos nossos jogos. Enquanto não houver casas de banho, a AD Guetim FC não pode deixar as portas abertas somente para as pessoas as usarem, então eles tiveram a gentileza de nos propor esta solução, até para não termos a necessidade de gastar mais dinheiro na construção destas. O nosso balneário, em contentor, já está renovado. Já tem chuveiros com água quente, tem casas de banho e colocámos também relva sintética no chão, tudo gastos suportados pelo clube, apesar de achar que estes custos deviam ter sido da Junta de Freguesia ou da Câmara Municipal.



 

O S.C. de Espinho também vai jogar no Complexo Desportivo de Guetim. Que implicações é que isso tem para a equipa?


Até somos apologistas de que o Espinho jogue em Guetim. O Espinho tem história e, ao jogar em Guetim, enquanto não têm estádio, é um motivo de orgulho. Não nos afeta em nada porque os treinos deles são depois dos nossos, portanto não há qualquer tipo de confusões.

 

Com o regresso dos jogos a Guetim, têm sentido mais apoio da comunidade?


Claro. Onde estávamos, em Nogueira, fomos bem recebidos, as pessoas são espetaculares. Apesar de não ser muito, nos dias de jogo, tínhamos de pagar o campo (120€), mas era para toda a tarde. No entanto, sentíamos que iam poucas pessoas assistir aos jogos. Ao vir para Guetim, sentimos que temos mais adeptos. Temos muitos sócios, mas não os vemos a assistir aos jogos, com muita pena minha. Este ano vamos tentar fazer algo engraçado, em termos de resultados, para ver se chamamos mais adeptos ao estádio.


"Antes de sair queria que o clube subisse ao Campeonato SABSEG" - Fernando Castro

 

Quais são os principais objetivos para os próximos anos?


É provável que este ano seja o meu último ano. Há certamente pessoas que se irão candidatar e serão pessoas que, como eu, querem melhorar o clube. Antes de sair queria que o clube subisse ao Campeonato SABSEG, mas se nos mantivermos na 1ª Divisão, é muito bom também. Garanto que o G. D. A Ronda vai ficar bem entregue quando eu sair.

 

Com o G.D. a Ronda a solidificar a sua presença nos campeonatos profissionais, tem havido ideias de avançar com equipas de formação?


Éramos para ter feito este ano, mas como o S.C. Espinho não sabia se ia treinar às 18h ou às 19h, tivemos de congelar a ideia.  Já tínhamos, inclusivamente, treinadores e crianças disposta a entrar no projeto, mas não quisemos prejudicar a vinda do S.C. Espinho. Para o ano, quem ficar à frente da Ronda, irá certamente dar continuidade a este projeto.

 

Qual o futuro das modalidades do clube, nomeadamente o atletismo e o ciclismo?

Vamos dar continuidade ao atletismo, mas ao ciclismo não. Iremos ficar com o futebol, atletismo e com as camadas jovens.


"Pelo que temos falado com a Câmara, sentimos que não são muito apologistas do desporto" - Fernando Castro

 

Acha difícil captar jovens para as equipas?


Para o atletismo, temos contado com os nossos diretores que são espetaculares. A maioria dos jovens ligados ao atletismo querem ganhar, mas o clube só paga as provas. Um bom atleta exige dinheiro, o que também acontece no futebol. No futebol, há muitos atletas que querem vir para a Ronda, mas acabam por exigir dinheiro também. Hoje em dia há atletas a exigir 250€ a 600€ mensais. Um jogador que ganhe 300€, o que não é difícil, ao final do ano, sem contar com o valor da inscrição nem prémio, para o clube fica cerca de 4.000€. Ora, se num plantel de 23, 10 ganharem isso, estamos a falar de 40.000€ por ano. Nós temos jogadores a ganhar 200€/250€, mas temos outros a ganhar menos.


A nível do atletismo, a Ronda já pensou em organizar um Grande Prémio em Guetim?


Sim, já pensamos em fazer em Anta/Guetim, mas disseram-nos que não podiam fechar as ruas, que ia ficar muito caro. Até gostávamos de fazer no concelho de Espinho, fazer algo maior porque acho que seria bonito, mas pelo que temos falado com a Câmara, sentimos que não são muito apologistas do desporto. Não iria ser fácil para a Câmara de Espinho patrocinar uma prova destas.


Que mensagem gostava de deixar para os leitores do Notícias de Guetim?


Gostava que fossem assistir a mais jogos de futebol e que nos apoiassem. Estamos a representar Guetim e, se um dia formos para o SABSEG, ver um jogo com o campo cheio entre a Ronda e o S.C. Espinho seria uma festa.   



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