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Comemorações dos 50 anos do Grupo Cultural de Guetim levam mais de uma centena ao Salão Paroquial

  • Tiago Sousa
  • 24 de fev.
  • 7 min de leitura

O passado fim de semana, dias 22 e 23 de fevereiro, contou com muitas iniciativas direcionadas aos guetinenses. Desde uma exposição no Salão Paroquial até uma sessão solene de aniversário, passando pela distribuição do 'Notícias de Guetim' porta a porta, o GCG não parou durante estes dias.

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Este fim de semana trouxe ao Salão Paroquial de Guetim momentos de autêntico convívio e recordação, que uniram a população guetinense. Para festejar os 50 anos do Grupo Cultural de Guetim, foi organizada uma exposição com artefactos, fotografias, livros, equipamentos de futebol, jornais antigos, entre outros, que contaram um pouco da história da coletividade, do desporto ao teatro, passando também pela biblioteca e o 'Notícias de Guetim'.


A exposição teve a curadoria de Gonçalo Valente e esteve patente no Salão Paroquial entre os dias 22 e 23 de fevereiro. Mais de uma centena de guetinenses de todas as idades fizeram questão de passar pelo espaço e recordar as gentes da terra e a freguesia.


No domingo, dia 23, assinalou-se oficialmente o aniversário do GCG com uma eucaristia e romagem ao cemitério em honra dos sócios, da parte da manhã, e uma sessão solene, da parte da tarde. A gala contou com a atuação do Grupo de Jovens do Grupo Cultural de Guetim, que foi responsável por diversos momentos de música e dança. Foi também apresentado o novo número do NG e foram homenageados os promotores da fundação do GCG, sendo ainda galardoado o sócio número 1, Manuel Santos.


A cerimónia contou com a presença da Presidente da Câmara Municipal de Espinho, Maria Manuel Cruz, da Presidente da Assembleia Municipal, Joana Devezas, do Presidente da Junta de Freguesia de Anta e Guetim, Nuno Almeida, o Presidente da Assembleia de Freguesia, Pedro Guilhermino, e o pároco guetinense Sérgio Leal.


No final, o Presidente da Direção do GCG também discursou e ainda recebeu uma lembrança das mãos da Presidente da Câmara, em nome do grupo. Ilídio Moreira no seu discurso fez uma homenagem a José Adelino Nunes, Presidente do Conselho Fiscal, que faleceu em janeiro. Referiu ainda a importância de dignificar a coletividade com um espaço para a sua sede, apontando a antiga Escola Primária como o local ideal, tendo em conta que está inutilizado de momento. A Presidente da Câmara Municipal mostrou abertura a encontrar junto do tecido cultural de Guetim uma solução para esse equipamento do município.


Para fechar o evento cantaram-se ainda os parabéns ao Grupo Cultural de Guetim e foi servido um porto de honra e bolo por todos os presentes.




Grupo Cultural de Guetim celebra meio século e ‘Notícias de Guetim’ 30 anos desde o seu primeiro número

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Criado por um grupo de guetinenses proativos e com um espírito de associativismo bem vincado, o Grupo Cultural de Guetim foi fundado em 1975 para servir a comunidade.

O Grupo desfruta do estatuto oficial de associação, agindo como tal. A sua principal atividade desenvolve-se na Secção Bibliotecária do Grupo Cultural na Sede da Junta de Freguesia de Guetim através da cedência de vários artigos culturais, como livros e revistas.


O Grupo Cultural é também proprietário do conhecido jornal ‘Notícias de Guetim’ que, por sua vez, é responsável por dar a conhecer o que de mais relevante acontece na freguesia. Esta instituição pretende servir em primeiro lugar toda a população de Guetim e, sempre que possível, alargar o seu raio de ação a outras populações, contando já com um passado repleto de conquistas e um futuro que se espera tão ou mais promissor.


Data de 16 de fevereiro de 1975 a primeira ata da Comissão Pró-Grupo Cultural de Guetim (Biblioteca), dando-se assim, oficialmente, início à atividade deste grupo que tanto fez pela freguesia. Esta comissão ficava assim constituída por António Marcelino Barros de Oliveira, ocupando o cargo de Presidente; por Joaquim Gomes Correia de Oliveira como Secretário e por Manuel Mendes Camarinha que exerceu a função de Tesoureiro.


A 23 de fevereiro de 1975 foi aberta oficialmente a biblioteca na presença dos membros da comissão administrativa da Junta de Freguesia de Guetim. Apesar da dimensão da freguesia, a biblioteca conseguiu iniciar o seu propósito com um espólio de 568 livros e 589 revistas, o que, para a época, foi bastante significativo, transformando-se no maior e mais completo espaço cultural de Guetim.


Inicialmente a biblioteca do Grupo Cultural estava aberta ao público às terças e quintas-feiras das 21h às 23h, aos sábados das 16h às 19h e aos domingos das 10h às 12h, sendo este último o dia em que se verificava maior afluência, pois para além de toda a oferta cultural, o grupo dispunha de uma mesa de ping-pong. Assim, no final da missa de domingo era prática recorrente os associados se deslocarem à sede do Grupo Cultural a fim de usufruírem de toda a oferta cultural e também desportiva.


A 26 de setembro de 1975 realiza-se uma Reunião Extraordinária para a nomeação dos elementos para os cargos deixados vagos pelo Presidente António Marcelino Oliveira e pelo Tesoureiro Manuel Camarinha. A nova comissão passava a ficar constituída por Joaquim Gomes Correia Oliveira – Presidente; Ernesto Sá Ramos – Secretário e por José Ferreira Alves – Tesoureiro, que tomou posse a 5 de outubro do mesmo ano.


Esta direção foi mantendo viva a atividade do Grupo Cultural, até que em abril de 1977 toma posse uma nova direção composta por Manuel Oliveira dos Santos – Presidente; António Soares Godinho – Secretário e Quintino Alves Ferreira – Tesoureiro.


Em 1979 dá-se uma nova mudança de direção, tomando posse José Adelino da Rocha Nunes como Presidente, António Soares Godinho com a função de Secretário e Manuel Oliveira dos Santos como Tesoureiro, sendo que em junho de 1982 o, até então, Secretário (Sr. António Godinho) foi substituído pelo Sr. Jorge Manuel Oliveira Gomes. Esta direção exerceu funções, segundo documentos oficiais do grupo, até ao ano de 1991.



Durante todo este período, foram várias as atividades levadas a cabo pelo Grupo Cultural, destacando-se o sorteio mensal de livros entre os associados, a cedência de livros e revistas e a dinamização do desporto na freguesia, nomeadamente, com a criação de uma equipa de futebol e outra de atletismo.


A mudança que o 25 de Abril trouxe, fez com que nascesse um espírito de associativismo, voluntariado e um sentido de dinamização e participação na população, principalmente entre os jovens. O grupo funcionou durante largos anos, contando sempre com este espírito por parte dos integrantes.


A biblioteca com os anos foi perdendo a afluência que a caracterizava das primeiras décadas. A biblioteca municipal e o melhoramento do acesso à informação, tanto pela internet ou por outros meios contribuiu para que a demanda por livros na biblioteca do Grupo Cultural diminuísse. Com o avançar do tempo, as responsabilidades pessoais de cada um dos integrantes alteraram-se e com isto a disponibilidade para o projeto do Grupo Cultural também se alterou. Com as novas gerações, o espírito de entrega a um projeto de voluntariado não se manifestou de forma tão espontânea. Este facto levou à não participação de novos integrantes nos últimos anos, tendo o grupo cultural caído em esquecimento, pelo menos por grande parte das gerações pós 25 de Abril.


Atualmente não podemos falar do Grupo Cultural sem falarmos, também, do próprio jornal ‘Notícias de Guetim’. O NG foi criado em 1994 por jovens, na altura com Ilídio Moreira na frente do projeto. Com sentido de participação e de voluntariado orientado para a comunidade, criaram o jornal com o objetivo de dinamizar a freguesia e fazer uma coisa que na altura (e ainda atualmente) era inovadora, e que fazia com que a freguesia tivesse um pouco mais de vida. Para além do objetivo principal de informar, era também objetivo criar uma base de registos históricos daquilo que se passava na freguesia, permitindo que as gerações no futuro tivessem a oportunidade de ver aquilo que decorreu na freguesia. Um registo que não era apenas sobre os eventos que se passavam na freguesia ou que a envolvessem, mas também um registo das pessoas, dos guetinenses. Servia também para mostrar que em Guetim se desenvolviam atividades, que havia acontecimentos, e que, portanto, não era uma freguesia inerte, ao contrário do que muitas mentes pensavam (e ainda pensam).


Inicialmente, na primeira série, com início em 1994, era um jornal mensal e foi assim durante esse tempo. Porém pelos mesmos motivos que levaram à inatividade do Grupo Cultural, isto é, a alteração das responsabilidades pessoais dos integrantes e a falta de novos interessados pelo projeto, o Notícias de Guetim também viu a sua descontinuidade como certa.


Duas décadas depois, a freguesia de Guetim encontrava-se extinta como entidade administrativa. Este facto parece ter sido o culminar de toda uma inércia que envolvia Guetim, ao contrário do fulgor vivido no pós-25 de Abril, e parece ter levado a que a moral dos guetinenses, pelo menos de grande maioria, fosse abalada. Em 2015, nestas circunstâncias, ano em que o jornal comemorou 21 anos da sua primeira tiragem, por vontade de algumas pessoas, incluindo o fundador Ilídio Moreira, e com o forte impulso de Manuel Santos, voltou-se a juntar um grupo de jovens e não só, para voltar a reiniciar um projeto que teria o mesmo objetivo de quando foi pensado pela primeira vez. Com isto nasce a segunda série do NG, desta vez com uma tiragem trimestral e adaptado às exigências atuais.


É neste momento que entra na discussão o Grupo Cultural novamente. De forma a dar suporte ao jornal reativou-se o GCG e fez-se o NG parte integrante deste. Uma vez que o grupo durante muitos anos “viveu” em paralelo com a junta de freguesia quase como uma simbiose, houve desta vez a necessidade, face às exigências atuais, de criar uma entidade independente, regularizada e com estatutos jurídicos próprios. Criou-se então a Associação Grupo Cultural de Guetim tornando o Grupo Cultural numa associação cultural e recreativa oficial e de plenos direitos. Fazem parte da direção da associação Ilídio Moreira como presidente, Tiago Sousa como secretário e Eduardo Gomes como tesoureiro. É ainda presidente da assembleia geral Alfredo Rocha e presidente do conselho fiscal Adelino Nunes.


O caminho ainda se verifica longo para a completa regularização da associação. Encontra-se no caminho por exemplo a regularização da lista de sócios ou a atualização do inventário da biblioteca. O grupo funciona com o espírito de voluntariado e de participação na causa que é dinamizar Guetim. Está por isso aberto a qualquer pessoa que queira fazer parte deste projeto e dar um pouco de si à comunidade. O grupo funciona com base na boa vontade de quem contribui de forma ativa na organização das atividades ou jornal e na boa vontade de quem contribui monetariamente para a organização destas.


Mais recentemente, o GCG organizou uma Caminhada com [H]ESTÓRIA cujo objetivo foi conhecer os locais mais emblemáticos da freguesia aliando, assim, a prática do exercício físico com a aprendizagem da história.


No ano em que o Grupo Cultural celebra os seus 50 anos de existência, foi organizada uma Exposição no Salão Paroquial da freguesia onde tivemos a oportunidade de revisitar toda a história deste grupo através de fotografias antigas, livros, jornais, nomeadamente todos os números do NG, artefactos, troféus, entre outros objetos.


Fica, por fim, a mensagem de que o facto de uma freguesia ser pequena não é justificação para que não se possa criar coisas novas e não nos envolvermos na comunidade. Muitas vezes não existe falta de motivos, existe é falta de interesse, e é esta tendência que tem de ser contrariada. O Grupo Cultural é exemplo disso.




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